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O isolamento social causado pela pandemia trouxe a certeza de que o digital estará em todas as dimensões de nossas vidas.

A economia e o consumidor: o que o isolamento social nos ensina?

01/06/20207 minutos de leitura

O mundo já está diferente em muitos aspectos. Por isso, nunca foi tão importante se reinventar de forma rápida e assertiva. Isso porque a pandemia causada pelo coronavírus trouxe o isolamento social e  tornou diferentes economia e consumidor. 

No momento, existem dois principais questionamentos:

  • O que as empresas precisam fazer?
  • Como ficam as relações de consumo daqui pra frente?

Ainda temos poucas certezas. Porém, uma coisa já sabemos: o digital estará em todas as dimensões de nossas vidas. 

A empresa internacional de consultoria McKinsey & Company lançou uma série de artigos e uma pesquisa que apresenta um panorama, uma ideia de como o mundo empresarial funcionará daqui para frente. 

O que as empresas precisam fazer agora?

Aqui no Brasil, ainda enfrentamos essa batalha. Aqueles serviços que são essenciais e não puderam parar, tiveram que se readequar. No artigo “O impacto do coronavírus nas organizações de serviços: enfrentando a tempestade” escrito por Nicolas Guzman, Mitesh Prema, Rohit Sood, e David Wilkes, é apresentado um panorama de ações que precisam ser realizadas durante a pandemia:

  1. Proteção dos funcionários e clientes;
  2. Estabilizar e reforçar a força de trabalho e prepará-los para o home office;
  3. Começar a expansão digital para o próximo normal.

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O que as empresas precisam fazer para o futuro?

A McKinsey também publicou um artigo intitulado “Além do coronavírus: o caminho para o próximo normal”, elaborado por  Kevin Sneader e Shubham Singhal, onde apresentam “cinco estágios que irão da crise de hoje ao próximo normal que surgirá depois que a batalha contra o coronavírus for vencida: Resolução, Resiliência, Retorno, Reimaginação e Reforma”.

  1. Resolução

Este é o momento de ações acertadas. Enquanto as autoridades de saúde trabalham para combater a pandemia, as empresas precisam se adequar à nova realidade, como o trabalho remoto, por exemplo. 

  1. Resiliência

A economia frágil e a perda de renda pede mais resiliência por parte das empresas. Tanto agora, quanto para o futuro, já que haverá “uma reviravolta nas estruturas da indústria, redefinindo as posições competitivas para sempre”. 

  1. Retorno

O retorno à normalidade será desafiador. Por isso, “os líderes devem reavaliar todo o sistema de negócios e fazer um plano de medidas de contingência para que a empresa retorne a uma produção eficaz com ritmo e escala”.

  1. Reimaginação

Segundo o artigo, esse acontecimento vai alterar as preferências e expectativas tanto de empresas, quanto de consumidores. “As instituições que se reinventarem para extrair o máximo proveito das melhores visões e previsões, à medida que as preferências mudam, alcançarão sucesso desproporcional”. 

  1. Reforma

É o momento de uma reconfiguração da atividade econômica. Os autores dizem que “as consequências da pandemia também representarão uma oportunidade de aprender com uma infinidade de inovações e experimentos sociais, desde o trabalho remoto até a supervisão em grande escala”.

Como será o retorno das empresas?

A empresa McKinsey também divulgou o artigo “Da sobrevivência à prosperidade: reinventando o retorno pós-COVID-19”, feito por Kevin Sneader e Bob Sternfels onde afirmam que, para as empresas voltarem mais fortes, irão precisar reinventar o negócio. “O foco deve estar em quatro ações em áreas estratégicas: recuperar a receita, reconstruir as operações, repensar a organização e acelerar a adoção de soluções digitais”. 

1. Recuperar rapidamente a receita

Para entrar em um processo de recuperação de receita, as empresas precisarão assumir uma mentalidade de startup, colocar as pessoas como centro do negócio e, dentre outros aspectos citados, focar em aceleração de análises, tecnologia e meio digital. “A crise da COVID-19 acelerou a mudança para o meio digital. Mas as melhores empresas estão indo mais além, aperfeiçoando e expandindo seus canais digitais”. 

2. Reconstruir as operações

O segundo ponto abordado pelo artigo é a necessidade de “aceleração da digitização da cadeia de suprimento do início ao fim”.

3. Repensar a organização

A vida empresarial após o Covid-19 precisará de reinvenção. O que isso quer dizer? As organizações precisarão “decidir quem são, como irão trabalhar e como irão crescer”.

4. Acelerar a adoção do meio digital para permitir a reinvenção

O trabalho para recuperar-se no mercado será desafiador e intenso e vai depender muito de “uma agenda digital ambiciosa”, com quatro elementos: 

  • Reposicionar os esforços digitais para que reflitam as mudanças nas expectativas dos consumidores;
  • Utilizar dados, Internet das Coisas e inteligência artificial para gerenciar melhor as operações;
  • Acelerar a modernização tecnológica;
  • Aumentar a velocidade e a produtividade das soluções digitais.

Qual será o perfil dos novos consumidores brasileiros?

A McKinsey divulgou uma pesquisa desenvolvida por Fernanda Hoefel e Marcelo Tripoli. O estudo mostra que o impacto da pandemia atinge, em diferentes níveis, todos os setores e prevê uma retração substancial no PIB (Produto Interno Bruto) em diversos países, inclusive o Brasil.

Segundo a pesquisa, as mudanças do comportamento do consumidor se dá em três fases no processo pandêmico:

1. Preparação para a tempestade:

  • Estoque de produtos industrializados;
  • Início da migração para o online.

2. Navegando na tempestade:

  • Demanda por ingredientes frescos e produtos de higiene;
  • Mudança para compra de alimentos (se disponível) e não alimentos em plataformas digitais;

3. Saindo da tempestade:

  • Redução de gastos; 
  • Precauções com higiene para retornar ao varejo;
  • Crescimento de encomendas online.

4. Gerenciando o novo normal.

Definir o novo padrão de consumo ainda é difícil. No entanto, “mudanças profundas em valores e mentalidades estão definindo novos comportamentos”, explicam os pesquisadores. 

Valores e mentalidades que estão surgindo

  • Prevenção e planejamento;
  • (Re)conexões afetivas;
  • Consciência ao consumir;
  • Planeta e sociedade em primeiro lugar.

Mudanças no comportamento do consumidor que são esperadas

  • Digital Onipresente;
  • Consumo repensado;
  • Aumento da (in)fidelidade (relacionado às marcas);
  • Consumo seguro;
  • Saúde e qualidade de vida;
  • O novo papel da casa;
  • Casualização e indulgência;
  • Sustentabilidade redefinida;
  • Propósito;
  • Desvalorização da metrópole.

A pesquisa conclui que o Digital e o Analytics vão encabeçar as transformações. Hoefel e Tripoli consideram que “a crise COVID-19 acelerou o processo de digitalização do Brasil e que o consumidor brasileiro começa a realizar online atividades que não imaginavam antes da crise”.

Como uma empresa começa uma presença digital?

No primeiro momento, é comum sentir-se perdido para começar a presença digital de uma empresa. O importante é informar-se e encontrar uma empresa de confiança para ajudar neste processo. 

Basicamente, os três primeiros passos são:

  • Registrar um domínio;
  • Escolher uma hospedagem de site;
  • Criar um site ou uma loja virtual.

Para auxiliar nesse processo, listamos alguns artigos do nosso blog que podem ser úteis:

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Fonte: https://www.mckinsey.com.br/

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