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Ilustração de uma pessoa com a cabeça "aberta" e ideias saindo dela. Em volta está escrito design thinking.

Design thinking: o que é, etapas e como aplicar a metodologia

01/10/20249 minutos de leitura

O design thinking pode ser utilizado em vários contextos.

No primeiro momento esse termo pode te dar aquela sensação de que é algo complexo, cheio de conceitos e palavras técnicas.

Mas na verdade, design thinking é sobre resolver problemas de um jeito criativo e prático, sempre focando nas necessidades das pessoas.

Imagine que você tem um problema e, em vez de seguir o caminho tradicional para resolvê-lo, você começa a pensar formas diferentes para saná-lo, colaborando com outras pessoas e testando ideias.

É disso que estou falando! Se isso despertou sua curiosidade, continue lendo para entender como você pode aplicar essa metodologia no seu dia a dia.

O que é design thinking?

Design thinking é uma abordagem que coloca as pessoas no centro da solução de problemas.

Ou seja, você cria produtos, serviços ou processos com foco nas necessidades reais dos usuários.

É um método que desafia a forma tradicional de resolver problemas, incentivando a criatividade e a experimentação.

No lugar de adivinhar o que o cliente quer, você descobre, envolve-o no processo e cria algo que realmente resolve o problema dele.

Assim, design thinking pode ser aplicado em empresas de tecnologia, moda, saúde, educação e até no seu planejamento pessoal.

Qual é a origem do termo “design thinking”?

A expressão “design thinking” surgiu nos anos 60, dentro do contexto do design industrial. 

Naquela época, designers estavam começando a explorar novas formas de criar produtos, mais focadas nas pessoas e menos nas máquinas.

Entretanto, foi na década de 90, quando a consultoria de inovação IDEO, liderada por Tim Brown, deu maior destaque ao termo.

A ideia era usar o pensamento dos designers (criativo, colaborativo e empático) para resolver problemas complexos em diferentes áreas, não apenas no design de produtos.

As bases do design thinking

O design thinking é fundamentado em quatro pilares: empatia, experimentação, prototipação e desenvolvimento.

Esses pilares funcionam como a estrutura básica que orienta todo o processo.

Empatia

A empatia é o primeiro passo. Aqui, você precisa se colocar no lugar do outro, entender as dores, desafios e desejos das pessoas.

Para exemplificar, pense em um designer criando um novo modelo de cadeira.

Ele não vai pensar só na estética, mas também no conforto, na ergonomia e até em quem vai usar essa cadeira no dia a dia.

Uma das ferramentas mais usadas nesse estágio é o mapa de empatia, que ajuda a definir o que o usuário vê, ouve, pensa e sente.

Experimentação

Então, depois de entender o problema, vem a experimentação. A ideia aqui é testar várias hipóteses rapidamente, com o mínimo de recursos.

Dessa forma, você reduz o risco de investir tempo e dinheiro em algo que não vai funcionar. 

Um exemplo prático é o Dropbox, que testou a aceitação de seu serviço com um simples vídeo explicativo antes mesmo de desenvolver a plataforma.

Alguns sites de pesquisa, como o Typeform, podem ajudar a coletar feedbacks rápidos e diretos dos usuários.

Prototipação

A prototipação é a fase de transformar suas ideias em algo palpável. Não precisa ser o produto final, mas algo que o usuário possa interagir.

Por exemplo, antes de lançar o iPhone, a Apple criou inúmeros protótipos. Um protótipo pode ser um desenho, um modelo em papel ou até uma versão simplificada do produto, como no caso de aplicativos.

Para isso, você pode usar ferramentas como o Figma e Adobe XD. Eles são ótimos para criar protótipos de interfaces de sites e apps.

Desenvolvimento

Agora que você já tem um protótipo validado, é hora de desenvolver a versão final.

Esse processo envolve colocar em prática tudo o que foi conversado e aprendido durante as fases anteriores.

A chave aqui é garantir que o desenvolvimento continue centrado nas necessidades do usuário.

No desenvolvimento, você pode usar ferramentas de gestão de projeto, como o Trello ou o Jira. Elas ajudam a organizar e acompanhar o progresso em equipe.

Como funciona a metodologia do design thinking?

A metodologia do design thinking segue uma lógica interativa. Isso significa que você não vai seguir um caminho linear, mas circular.

Ou seja, você pode voltar para fases anteriores sempre que precisar refinar algo. Imagine que você está desenvolvendo um aplicativo.

Você começa entrevistando seus usuários (empatia), depois cria várias versões de protótipos e vai ajustando conforme os feedbacks (experimentação e prototipação).

Esse ciclo continua até que você chegue a uma versão que realmente funcione.

Qual é a relação entre design thinking e UX?

A relação entre design thinking e UX (User Experience) é muito próxima.

Enquanto o design thinking guia o processo de resolução de problemas, o UX foca na experiência do usuário com o produto final.

Você pode pensar no UX como um subconjunto do design thinking.

Por exemplo, na criação de um site, o design thinking ajuda a descobrir o que o usuário precisa, enquanto o UX garante que a navegação no site seja fluida e agradável.

Como o UX Design é trabalhado na prática?

Na prática, o UX design utiliza ferramentas como wireframes, testes de usabilidade e análises de jornada do usuário para garantir que o produto seja intuitivo e agradável de usar.

Vamos supor que você está desenvolvendo um app de receitas. O UX designer vai testar como os usuários interagem com o app, ajustando a interface conforme os feedbacks.

Ferramentas como Maze e Hotjar são indicadas para conduzir esses testes.

Por que investir em design thinking?

Eu me asseguro em dizer que investir em design thinking é uma maneira inteligente de aumentar a inovação e a eficiência quando for criar alguma solução para seu negócio.

Empresas como Airbnb e Tesla aplicam essa metodologia para identificar problemas antes dos concorrentes e entregar soluções que encantam os clientes.

Além disso, como o processo envolve diretamente o usuário, há menos risco de falhar no lançamento de novos produtos ou serviços.

Quais são as etapas do design thinking?

O design thinking é dividido em cinco grandes etapas: imersão, análise e síntese, ideação, prototipação e implementação.

Imersão

Na fase de imersão, a gente busca entender profundamente o problema.

Para isso, fazemos entrevistas, observamos comportamentos ou coletamos dados.

Um exemplo prático é quando startups realizam pesquisas de campo para identificar problemas reais de mercado.

Análise e síntese

Depois de coletar todas as informações, você precisa organizá-las.

O objetivo aqui é separar o que é relevante do que não tem (no momento) relevância.

Um exemplo comum é o uso de ferramentas como affinity diagrams para agrupar dados semelhantes e encontrar padrões.

Ideação

A fase de ideação é onde a mágica acontece. Aqui, você gera o maior número possível de soluções, sem julgar nenhuma delas.

A gente pode usar ferramentas como Miro e Mural. Elas ajudam a organizar sessões de brainstorming e colaboração remota.

Prototipação

Na prototipação, você cria uma versão simplificada da sua solução para testar com usuários.

Lembre-se, o protótipo não precisa ser perfeito, ele só precisa ser suficiente para testar sua ideia.

Uma sugestão de ferramenta é a InVision. Ela é utilizada para criar protótipos de interfaces digitais.

Implementação final

Depois de ajustar seu protótipo com base nos retornos dos usuários que fizeram o teste, é hora de implementar a solução final.

Aqui, você coloca em prática tudo o que aprendeu e garante que a solução seja escalável. Você pode utilizar o Trello, o Asana e/ou o Basecamp para gerenciar os seus projetos nessa fase.

Como aplicar o design thinking?

Para aplicar o design thinking, você pode seguir as etapas descritas anteriormente.

Além disso, ferramentas como Google Design Sprint Kit e Design Kit da IDEO podem guiar você através de atividades práticas.

Principais ferramentas do design thinking

As ferramentas são essenciais para facilitar cada fase do processo de design thinking. Vamos explorar algumas das mais comuns e úteis.

Pesquisa Desk

A pesquisa desk (ou desk research) é quando você faz uma busca de informações já disponíveis, como artigos, relatórios e estudos de caso.

Ferramentas como Google Scholar e Statista podem ajudar a encontrar dados relevantes.

Mapa da Empatia

O mapa da empatia é uma ferramenta visual que ajuda a entender profundamente o usuário, seus sentimentos e comportamentos.

O Canva, por exemplo, é uma ferramenta que oferece modelos prontos para criar seu próprio mapa.

Brainstorming

Brainstorming (tempestade de ideias) é uma técnica para gerar ideias em grupo. A Stormboard é uma ferramenta online que facilita o brainstorming colaborativo.

World Café

O World Café é uma técnica de discussão em grupos rotativos, ideal para fomentar a colaboração. 

A gente pode organizar esse tipo de sessão usando Zoom para encontros virtuais.

Gamificação

A gamificação usa elementos de jogos para engajar as pessoas no processo criativo.

Algumas ferramentas podem ser usadas para tornar as sessões de brainstorming mais dinâmicas. Um exemplo é a Kahoot.

Cocriação com o cliente

A cocriação envolve o cliente diretamente no processo de criação, o que garante que o produto final esteja alinhado com suas expectativas.

Você pode usar ferramentas como UserTesting para envolver o cliente e coletar feedbacks durante o desenvolvimento.

O uso do design thinking na criação de aplicativos

Na criação de aplicativos, o design thinking permite que você desenvolva uma interface intuitiva e funcional desde o início.

Empresas como Spotify aplicam design thinking para garantir que a experiência do usuário seja fluida e agradável.

Quais são os principais cursos de design thinking?

Plataformas como Coursera e Udacity oferecem cursos de design thinking, com foco prático.

Quais os melhores livros de design thinking?

Alguns dos melhores livros sobre design thinking incluem “Change by Design” de Tim Brown, que é um dos fundadores da IDEO, e “Sprint” de Jake Knapp, que apresenta o método de design sprint do Google.

Por fim, quero dizer que o design thinking não é só um método, mas uma maneira de pensar.

É uma abordagem que coloca o ser humano no centro e resolve problemas com criatividade e colaboração.

Ao aplicar essas etapas e ferramentas, você pode transformar a forma como enfrenta desafios, seja na sua empresa ou no dia a dia.

Geraldo Lucciani é jornalista, especialista em Marketing Digital e Gestor Cultural. Apaixonado por tecnologia e internet, escreve conteúdos para sites, blogs e redes sociais desde 2016. Atua também na cena cultural da capital mineira produzindo espetáculos e trazendo nomes do humor para a cidade. Nas horas vagas, ama ler, assistir filmes, séries e, claro, peças de teatro.

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